Custo operacional: saiba como gerenciar na indústria
Priorizar um controle financeiro eficiente é fundamental para a saúde de qualquer negócio. Nesse sentido, gerir o custo operacional torna-se uma tarefa de grande relevância.
No ambiente industrial, conhecer os gastos é a melhor forma de manter as atividades funcionando sem abdicar de uma boa saúde financeira. Essa ação também facilita o planejamento e controle das finanças.
Vale destacar que dentro das empresas muitos processos acontecem de forma integrada. Logo, devem ser tratados em conjunto, exigindo do profissional uma visão abrangente e detalhada da operação.
Pensando assim, a redução de custos será possível sem afetar a eficiência. Ao mesmo tempo, atuar com base em “achismos” nunca deve ser uma opção, especialmente para quem visa reduzir custos.
Mas, como fazer? Neste artigo, reunimos informações que vão ajudar você a gerenciar os custos operacionais da sua indústria. Acompanhe!
O que é o custo operacional?
Os custos operacionais são gastos que estão diretamente ligados às atividades-fim.
Isto é, tais custos fazem referência aos valores gastos que garantem o pleno funcionamento do negócio, incluindo:
- Manutenção;
- Salários de colaboradores;
- Contas de consumo (energia elétrica, água e combustível).
Em uma definição complementar, o Portal da Indústria indica que o custo operacional “trata-se do valor mínimo que o negócio precisa faturar para executar todas as atividades de rotina do negócio.
Esses valores podem variar de acordo com a situação do mercado, da economia do país ou de outras mudanças que possam ocorrer”.
Conhecer tais custos é a melhor forma de determinar qual será o valor mensal mínimo de receita necessário para manter a indústria operando.
É dever do gestor acompanhar esses números e desenvolver soluções para reduzi-los.
Esse cálculo também é crucial para estabelecer a margem de lucro necessária para que o fluxo de caixa da indústria se mantenha saudável, evitando endividamentos incontroláveis no futuro.
Os tipos de custos operacionais
De forma geral, todo custo operacional pode ser classificado em duas categorias que auxiliam na contabilidade da organização. Veja:
1 – Custos fixos
Não se alteram ao longo do tempo, independentemente do fluxo de caixa da indústria e do tipo de operação comercial e fabril realizada.
Neste caso, são considerados os custos de estrutura gerencial, que garantem o funcionamento das operações. Entre eles:
- Salários;
- Aluguéis e instalações;
- Equipamentos;
- Limpeza e conservação;
- Contas de consumo.
2 – Custos variáveis
São aqueles que sofrem alterações em curtos espaços de tempo, seja pelo nível de atividade ou pelo volume de produção da empresa.
Os valores variam conforme o volume de vendas, que geralmente se altera em períodos de maior ou menor consumo. Os exemplos são:
- Matérias-primas;
- Fornecedores;
- Insumos de produção;
- Comissões de vendas;
- Custos diretos e indiretos.
É importante destacar que a definição do que é o custo direto ou indireto exige uma análise do grau de dificuldade de apuração deles.
Se apresentar maior dificuldade de apuração, ele é indireto. Já entre os custos diretos figuram a matéria-prima, mão de obra, entre outros fatores relacionados ao volume de produção.
Como calcular o custo operacional da operação?
O cálculo dos custos operacionais de uma empresa pode ser realizado de várias formas. Os métodos mais tradicionais, além de mais simples, funcionam muito bem.
Confira um passo a passo:
- Passo 01: identifique quais são os custos fixos e custos variáveis;
- Passo 02: levante os custos diretos e indiretos;
- Passo 03: calcule o custo total de produção, incluindo materiais, mão de obra e custos indiretos;
- Passo 04: considere os custos não-financeiros, como o desgaste de equipamentos e maquinários;
- Passo 05: calcule a margem de contribuição. Para isso, é preciso subtrair os custos variáveis das receitas, obtendo a margem de contribuição por unidade;
- Passo 06: considere os custos de vendas e administrativos, como despesas com marketing e salários administrativos;
- Passo 07: faça a soma de todos os custos operacionais para obter o custo operacional total;
- Passo 08: calcule o custo operacional por unidade ou período. Divida o custo operacional total pelo número de unidades produzidas, serviços realizados ou período considerado;
- Passo 9: analise os dados e faça ajustes periódicos.
COE e COT: custos operacionais mais específicos
Visando melhorar as análises dos dados de custo de produção referencial, a metodologia de cálculo dos custos operacionais está sempre passando por aperfeiçoamento.
Hoje, os relatórios passaram a contar com mais dois tipos de custos: Custo Operacional Efetivo (COE) e Custo Operacional Total (COT). Resumidamente:
- O COE é o custo operacional a curto prazo;
- O COT é o custo de produção a médio prazo.
Este artigo da Epagri apresenta definições bem completas sobre o que são estes indicadores. Veja um pouco mais:
Custo Operacional Efetivo (COE)
O COE é a representação de todos os gastos assumidos pelo negócio por um período e que serão consumidos no processo fabril, ainda conforme a referência.
Abrange todos os itens considerados gastos diretos, tais como:
- Combustíveis;
- Operação mecânica relacionada a reparos;
- Mão-de-obra;
- Serviço terceirizado;
- Transporte;
- Despesas gerais da indústria.
Também englobam todos os custos administrativos e financeiros do capital de giro.
Custo Operacional Total (COT): COE + depreciação
O COT, por sua vez, é formado pelo Custo Operacional Efetivo somado à parcela dos custos indiretos decorrentes da depreciação de máquinas e equipamentos, benfeitorias e taxas do processo produtivo.
Essa análise indica a possibilidade de reposição da capacidade produtiva da indústria no longo prazo. Também aborda o valor da remuneração do gestor da atividade (pró-labore).
Como reduzir os custos operacionais da indústria?
Uma boa gestão dos custos operacionais pode ampliar os lucros da indústria. Para isso, é sempre importante adotar estratégias para reduzir tais gastos.
No entanto, é importante fazer isso de uma forma cautelosa, caso contrário a produtividade pode ser comprometida no longo prazo.
Por isso, é sempre importante conhecer e analisar cada despesa antes de efetuar cortes. Neste caso, algumas ações que podem ser colocadas em prática:
Mapeie os processos
Identifique onde ocorrem os desperdícios, falhas operacionais e outras falhas que podem encarecer a produção.
Promova treinamentos da mão de obra
Quando os profissionais possuem qualificação, eles se tornam mais eficientes e capazes de reduzir desperdícios e maximizar processos.
Negocie com fornecedores
Estabeleça bons relacionamentos e parcerias com seus fornecedores. Isso naturalmente possibilita e permite negociações mais vantajosas para ambos.
Explore o uso da tecnologia
Em todo tipo de operação, há a possibilidade de implementação de novas tecnologias visando redução de custos.
O uso delas possibilita a otimização de tarefas operacionais, reduz erros e torna a produção economicamente mais sustentável.
Por fim, vale reforçar que a redução de qualquer despesa precisa ser segura, ou seja, não pode causar o comprometimento da operação.
Reduza o custo com projetos de eficiência energética
Em ambientes industriais, a busca pela eficiência energética é um dos esforços mais exigidos pelo mercado.
Em segmentos que usam caldeiras para a geração de vapor, por exemplo, a troca dos combustíveis fósseis por fontes de energia renovável e com baixa emissão de carbono, caso da biomassa, é excelente para reduzir custos.
Mas, tão importante do que realizar essa troca é adotar sistemas capazes de medir a qualidade da biomassa.
Quando a queima é realizada de forma eficiente, tais sistemas:
- Aumentam a produção de vapor;
- Ajudam na redução das emissões de gases prejudiciais;
- Diminuem gastos excessivos com combustíveis.
Isso leva a uma redução direta nos custos operacionais da indústria, ao minimizar o desperdício de recursos e maximizar a produção.
Neste sentido, o uso de analisadores de gases é uma excelente solução.
Ao mensurar a emissão de CO, CO2 e O2, estes dispositivos otimizam a combustão da caldeira por intermédio da alimentação de biomassa e redução do excesso de ar.
Isso contribui com uma geração de energia mais sustentável, econômica e conforme as regulamentações ambientais.
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