Bioenergia: qual é o papel na geração de energia?
Diante da necessidade de transformação da matriz energética mundial, diferentes fontes de energia sustentáveis chamam a atenção do mundo. No Brasil, a bioenergia vem conquistando espaço.
Além disso, o uso da bioenergia é crescente na geração de energia elétrica no país. Devido ao potencial elevado, à alta disponibilidade de matéria-prima e, também, por representar uma excelente opção frente às fontes de energia convencionais: petróleo, carvão mineral e gás natural.
Neste artigo, você entenderá o papel da bioenergia na geração de energia elétrica, e por que o uso dela vem tornando nossa matriz energética muito mais sustentável.
Bioenergia: fonte de energia renovável de ótima qualidade
A busca por fontes de energia limpas e sustentáveis tornou-se uma prioridade global. Principalmente em um cenário onde a preocupação com o meio ambiente e esgotamento de recursos naturais cresce.
No Brasil e em outras regiões do mundo, a bioenergia se mostra como uma alternativa promissora. A solução consegue atender parte da demanda energética.
Assim, representa uma excelente oportunidade para reduzir a pegada de carbono, impulsionando o desenvolvimento sustentável.
Para entender o conceito de bioenergia, é preciso entender o que é a biomassa, o combustível adotado para obter esse tipo de energia, geralmente em caldeiras.
Segundo este trabalho, a definição de biomassa é: “Matéria orgânica de origem vegetal (fonte primária) ou animal (fonte secundária) que possui energia solar armazenada e que pode ser usada na produção de energia.”.
Por isso, a biomassa pode ser queimada diretamente, ou convertida em biocombustíveis líquidos que também geram energia.
Desse modo, a biomassa é um recurso renovável convertível em bioenergia, representando uma excelente alternativa aos combustíveis fósseis.
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Energia sustentável: entenda o cenário
Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) destacam que apenas 14,7% da matriz energética mundial vem de fontes renováveis.
No Brasil, o cenário já é um pouco diferente. Nesse caso, 44,8% da energia gerada é decorrente do uso de combustíveis renováveis, ainda conforme a EPE.
Além disso, a biomassa é uma matéria-prima de baixo custo e alta disponibilidade. Pode também ser encontrada em três estados: sólido, líquido e gasoso.
Logo, as fontes de obtenção podem ser classificadas da seguinte forma:
- Restos culturais: resíduos de produtos agrícolas. Como o bagaço de cana-de-açúcar, utilizado pela indústria sucroalcooleira;
- Resíduos agrícolas e florestais: resíduos da colheita e do corte de árvores, como madeira e serragem;
- Subprodutos orgânicos: resíduos orgânicos gerados pela atividade agropecuária;
- Resíduos orgânicos: lixo doméstico e industrial.
Todas essas fontes de biomassa têm também a capacidade de armazenar grandes volumes de energia, carbono, oxigênio e hidrogênio.
Nesse cenário, os investidores e o setor energético mostram interesse em reduzir impactos e diminuir os custos na produção de energia elétrica através da bioenergia.
Assim, toda a movimentação na cadeia energética impulsiona a bioenergia, colocando-a como a energia do futuro.
Portanto, a bioenergia é uma alternativa em destaque, devido ao aproveitamento de resíduos. É também menos poluente, em comparação com os combustíveis fósseis.
Países emergentes se destacam na geração de bioenergia
Como vimos, a bioenergia é um tipo de energia limpa gerada a partir da queima da biomassa. Por isso, o Brasil se destaca na segunda posição em bioenergia, na frente dos Estados Unidos e atrás apenas da China.
Essa é uma das conclusões do Relatório de Tecnologia e Inovação de 2023, que enumerou 17 tecnologias de ponta, capazes de gerar receitas de até US$ 9,5 trilhões até 2030.
Segundo destacado pelo estudo, o Brasil se destaca na área de biocombustíveis, devido a sua experiência na produção de etanol. O país detém hoje 30% do mercado global e tem a maior frota de veículos flexíveis do mundo.
Além disso, outro estudo do IEA, citado pela NovaCana estima que a demanda mundial por biocombustíveis deve apresentar um crescimento de cerca de 30% entre 2023 e 2028. Assim, com o diesel verde e o etanol respondendo por dois terços do consumo global.
Ainda sobre o estudo, a maior parte do aumento deve vir de economias emergentes, caso do Brasil, Indonésia e Índia. Essas são nações que possuem políticas para o uso de biocombustíveis, boa demanda dentro do setor de transportes e oferta de matéria-prima para a produção de etanol e de biodiesel.
Diante disso, as organizações devem ter ciência que a bioenergia tem todas as características para ser a energia do futuro. A geração dela alia eficiência energética com sustentabilidade, resultando em uma energia renovável e limpa de excelente qualidade.
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