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Entenda como funciona a energia de biomassa e como ela é gerada

Na atualidade, grande parte da energia consumida no Brasil é proveniente de algumas fontes renováveis, tendo na hidroeletricidade e na biomassa, os principais responsáveis. Neste contexto, a energia de biomassa começa a ter um destaque ainda maior, sendo a segunda maior fonte de geração de energia do Brasil, de acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME).

Essa participação mostra a atual importância da biomassa na geração de energia renovável. Mas muitas pessoas têm dúvidas de como, de fato, a energia de biomassa é gerada e quais são os processos mais utilizados nessa geração energética.

Para saber como funciona a energia de biomassa, suas vantagens e quais são os processos mais comuns acompanhe este post. Nele você terá algumas informações que mostra a biomassa como uma excelente fonte renovável para geração energética.

O que é e quais as principais vantagens da biomassa

Antes de entendermos como se dá a geração de energia de biomassa é importante que saibamos o que significa o termo biomassa.

O que é e quais as principais vantagens da biomassa | COONTROLBasicamente, a biomassa tem duas definições:

A primeira definição é ecológica, com a biomassa sendo caracterizada pela quantidade total da matéria viva existente em um ecossistema ou numa população animal ou vegetal.

Já a segunda definição é energética, com a biomassa representando o recurso renovável oriundo de matéria orgânica utilizado para a produção de energia.

Para essa geração energética, a biomassa é representada pelos derivados recentes de organismos orgânicos utilizados como combustíveis ou para sua produção. Esses derivados podem ser tanto de origem animal quanto vegetal, caso dos restos de alimentos, cascas de frutas, madeira, cana-de-açúcar, entre outros.

Quanto às vantagens, a biomassa se destaca pelas seguintes características:

  • É uma energia renovável;
  • Apresenta alta densidade energética;
  • Têm facilidades para armazenamento, conversão e transporte;
  • Menor emissão de poluentes na atmosfera;
  • Cinzas são menos agressivas ao meio ambiente quando comparadas aquelas provenientes de combustíveis fósseis;
  • Reduzido custo quando comparada às energias não renováveis

Certamente, essas vantagens estimulam um maior aproveitamento energético da biomassa a médio e longo prazo, principalmente em decorrência da exaustão de fontes não-renováveis e das pressões cada vez maior de ambientalistas.

Energia de biomassa. Como é gerada?

A biomassa é geralmente utilizada como fonte de calor e para a geração de eletricidade a partir de alguns processos. Dessa forma, a energia de biomassa pode ser convertida em calor e depois em outras formas de energia, que podem ser:

– Direta – sendo essa a mais utilizada, obtida pela combustão da biomassa na fase sólida;

– Indireta – quando são produzidos gases e/ou líquidos combustíveis através da pirólise.

Baseado nisso, a biomassa é utilizada diretamente como combustível ou através da produção de energia a partir de quatro técnicas diferentes: Pirólise, gasificação, combustão ou co-combustão de material orgânico.

1. Pirólise

Por meio dessa técnica, a biomassa é exposta a elevadas temperaturas sem a presença de oxigênio, para acelerar a decomposição da mesma. O material que sobra dessa decomposição é uma mistura de gases, que podem ser líquidos, no caso dos óleos vegetais, e sólidos, para o carvão vegetal.

2. Gaseificação

Assim como no processo de pirólise, na gaseificação, a biomassa também será exposta a altas temperaturas, sempre na ausência do oxigênio, tendo como produto final um gás com características inflamáveis. Esse gás resultante da gaseificação pode ser filtrado, objetivando a remoção de alguns componentes químicos residuais.

A gaseificação é composta basicamente por três etapas:

a) Secagem: também conhecida como remoção da umidade, a secagem pode ser feita quando a biomassa é introduzida no gaseificador, aproveitando-se da temperatura ali existente, contudo quando a operação é realizada com madeira seca, a eficiência será maior.

b) Pirólise ou carbonização: Nesta etapa formam-se gases, vapor de água, vapor de alcatrão e carvão;

c) Gaseificação: Nesta etapa é liberada a energia necessária ao processo, pela combustão parcial dos produtos da pirólise.

3. Combustão

Assim como ocorre com os processos anteriores, na combustão também ocorre a queima da biomassa a altas temperaturas, porém na presença abundante de oxigênio, produzindo vapor a alta pressão. Esse vapor é geralmente utilizado em caldeiras ou para mover turbinas.

4. Co-combustão

Essa prática visa propor a substituição de parte do carvão mineral utilizado por biomassa. Com isso, reduz-se significativamente a emissão de poluentes. Neste contexto, a faixa de desempenho da biomassa encontra-se entre 30 e 37%, se configurando como uma escolha bastante atrativa e econômica atualmente.

Comparativamente à queima isolada de carvão ou biomassa, a co-combustão na geração de energia de biomassa apresenta algumas vantagens, entre as quais se destacam:

  • Redução do total de emissões por unidade de energia produzida;
  • Diminuição dos níveis de emissão de poluentes associados à composição típica destes combustíveis, tais como os óxidos de enxofre, os metais pesados ou as dioxinas e furanos:
  • Minimização de desperdícios; e
  • Redução dos níveis de poluição do solo e água, dependendo da composição química do material utilizado.

Gostou? Então continue no blog da COONTROL e veja como vem sendo o uso da biomassa no Brasil e em todo o mundo neste texto.

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