Conheça todos os tipos de biomassa disponíveis no Brasil
Já faz certo tempo que o Brasil vem alterando sua matriz energética, tornando-a menos poluente e mais renovável. Nesse contexto, a geração de energia a partir dos diferentes tipos de biomassa vem ganhando bastante força.
Prova disso é a matriz energética brasileira, onde a energia de biomassa já se configura como a terceira fonte de energia mais utilizada, estando atrás somente da energia hidráulica e dos combustíveis fósseis.
Essencialmente para processos industriais, os tipos de biomassa utilizados para a geração energética é bastante grande, possibilitando maior uso destas energias renováveis, sustentáveis e cada vez mais baratas.
A utilização destes diferentes tipos de biomassa representa um caminho de fundamental importância para o planejamento da política energética nacional e os resultados são, ano após ano, satisfatórios, colocando o país no protagonismo da geração energética renovável.
Veja a importância da biomassa na geração energética e conheça os principais tipos de biomassa que podem ser adotadas como fonte de energia disponíveis no Brasil.
Por que utilizar a energia de biomassa?
Na concepção da geração energética, o termo biomassa aglomera todos os derivados recentes de organismos vivos (animais e vegetais) que podem ser utilizados como combustíveis ou para a produção desses mesmos combustíveis.
Vale lembrar que os combustíveis fósseis também são derivados do ramo vegetal, animal e mineral, no entanto são resultado de várias transformações que requerem vários milhões de anos para acontecerem, portanto não são considerados biomassa do ponto de vista energético.
Os benefícios de se usar a energia de biomassa são diversos e certamente estimulam sua adoção. Como benefícios principais, pode-se dizer que os tipos de biomassa são renováveis e contribuem com o reaproveitamento de recursos de uma maneira mais sustentável.
Além disso, o transporte da biomassa é bem mais fácil, possuindo também baixo custo de operação. Por fim, a biomassa gera baixa quantidade de poluentes, com balanço de emissões de CO2 reduzido, podendo chegar a ser quase nulo.
Classificação dos tipos de biomassa utilizados como fonte energética
Na atualidade, vários vem sendo os tipos de biomassa disponíveis no Brasil, mostrando o grande potencial para fins de aproveitamento energético. Entre esses tipos, pode-se citar os derivados de madeira, cana de açúcar, restos de alimentos, casca de arroz, casca de coco e eucalipto.
Os diferentes tipos de biomassa podem ser classificados conforme sua origem, estando assim divididos:
- Biomassa florestal: derivados de florestas, sejam elas plantadas (florestas energéticas) ou resultado do desmatamento. Sua principal fonte de energia é a lenha;
- Biomassa agrícola: consideradas como resíduos da agricultura, com as produções de soja, arroz, cana-de-açúcar, milho e outros;
- Resíduos urbanos e industriais: Podem ser sólidos ou líquidos, sendo geralmente encontradas nos aterros sanitários, onde inclusive os gases derivados da combustão podem ser utilizados.
Vale lembrar ainda que cada matéria-prima utilizada para obtenção de energia de biomassa possui características próprias, com variação na quantidade energética e nas formas de extração desta energia.
Podemos tomar como exemplo a cana-de-açúcar, onde é possível extrair três diferentes derivados: o açúcar, o etanol – considerado como o combustível renovável, e ainda o bagaço que pode ser queimado, gerando energia elétrica.
Novas fontes alternativas de biomassa para geração de energia
Na atualidade, o Brasil vem presenciando um aumento na variedade e tipos de biomassa que podem ser utilizadas como fonte energética. Esse fator é resultado de inovações tecnológicas que possibilitam converter a biomassa em energia de forma eficiente.
Entre as principais alternativas para geração de energia de biomassa que podem ser adotadas no Brasil, pode-se citar:
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Eucalipto
Segundo estudos, o eucalipto chega a produzir 25 toneladas de biomassa por hectare por ano, sendo uma importante fonte combustível dentro do setor carvoeiro.
Possibilita também a cogeração de energia elétrica, uma vez que é um produto energético renovável. Sua composição é também mais favorável para a produção de energia quando comparado ao bagaço de cana de açúcar.
Outro benefício é que o eucalipto tem o potencial de brotar outras duas vezes depois de cortado, em um ciclo que dura 15 anos, possibilitando boa produção de biomassa.
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Casca de Coco Verde
O Brasil possui cerca de 280 mil hectares cultivados com coqueiro, distribuídos, praticamente, em quase todo o território nacional, com produção equivalente a dois bilhões de frutos.
Suas cascas, comumente jogadas no lixo, podem representar uma importante fonte de biomassa quando passam por trituradores e se transformar em briquetes, possibilitando substituir a lenha no processo de combustão, com grande poder calorifico na geração de energia.
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Casca de Arroz
Ao invés de serem queimadas (poluindo o meio ambiente), as palhas e cascas de arroz têm sido usadas para gerar energia em usinas, essencialmente no sul do país. O resíduo é transformado em partículas de 1mm e adicionado ao carvão.
Devido à sua rápida combustão, ao grande poder calorífico e à grande disponibilidade desse material, a casca de arroz também se tornou uma ótima opção de energia de biomassa para as cerâmicas.
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Pellets de madeira
Correspondem a um combustível sólido de granulado de resíduos de madeira prensada, proveniente de desperdício do material, sendo considerado um combustível eficiente e bastante limpo.
Durante sua transformação, a umidade é toda retirada, favorecendo a queima do material. Sua energia calorífica é de quase 5 MWh por tonelada.
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Ouriço da Sapucaia (Ouriço da Castanha)
Pode ser utilizado na geração de energia, tanto na forma in natura quanto de subproduto. A biomassa de ouriço tem potencial para ser aproveitado como lenha nas usinas térmicas, caldeiras, olarias e nas indústrias siderúrgicas na fabricação de aço verde.
A grande vantagem para utilização deste produto é a sua elevada densidade energética, além de ser ecologicamente correto, uma vez que não há necessidade de plantar e depois cortar, como acontece com outras espécies.
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