Transição energética: entenda as oportunidades e os desafios
A transição energética é um tema crítico e amplamente discutido em todo o mundo, com implicações para o todos os setores produtivos.
Em um momento de emergência climática, este movimento torna-se indispensável para reequilibrar os sistemas, controlando o impacto do desenvolvimento sobre o clima.
Ele foca na substituição progressiva de fontes de energia baseadas em combustíveis fósseis por alternativas limpas e renováveis.
A seguir, discutiremos o que é esse processo transitório, seus maiores desafios e oportunidades.
O que é transição energética?
Na atualidade, a transição energética é um processo de transformação do sistema energético, visando reduzir as emissões de gases do efeito estufa e diminuir a dependência de combustíveis fósseis.
Em resumo, significa passar de uma matriz baseada no uso do petróleo, gás natural e carvão, para uma matriz que priorize as fontes renováveis, como:
- Energia solar;
- Eólica;
- Hidrelétrica;
- Biomassa.
Mas este não é um termo novo! O mundo já passou por, pelo menos, duas grandes transições energéticas, apenas durante o século XX:
- A primeira é datada do início do século, com a substituição da lenha pelo carvão mineral;
- Já a segunda aconteceu na metade do século, a qual mudou o carvão mineral pelo petróleo.
Essas transições contribuíram com o crescimento econômico. Entretanto, impactaram o equilíbrio ambiental, principalmente com a queima de combustíveis fósseis.
Já a atual transição energética, a primeira do século XXI, busca conter o desequilíbrio dos sistemas de energia sobre o ciclo do carbono, controlando o impacto climático.
Por que precisamos da transição energética?
Segundo uma reportagem da BBC, o aumento da temperatura global ultrapassou, pela primeira vez, a temperatura de 1,5 °C, ao longo de um ano inteiro.
Esta violação ainda não é um rompimento ao Acordo de Paris, assinado por 195 países, mas aproxima o mundo dessa marca no longo prazo.
Logo, ações urgentes para reduzir as emissões de carbono são essenciais e visam retardar o aquecimento global.
O principal instrumento para alcançar este objetivo é a transição energética, que é mais um passo para que a matriz fique mais próxima da emissão zero de carbono.
Essa é uma oportunidade para o setor industrial que foca na expansão de seus mercados.
Acompanhe alguns dos principais benefícios para o setor industrial brasileiro:
- Redução de emissões de gases de efeito estufa: energias limpas são a melhor forma de reduzir as emissões de carbono;
- Segurança energética: a transição permite diversificar a matriz energética, dando autonomia ao país;
- Incentivos econômicos e geração de empregos: a transição é uma forma de dinamizar a economia e criar empregos, incentivando a inovação e o desenvolvimento tecnológico em energia renovável;
- Crescimento do mercado verde: a sustentabilidade abre novas oportunidades de mercado;
- Inovação e foco na eficiência: processos, tecnologias e materiais ecoeficientes melhoram a performance operacional e reduzem custos.
- Redução de custos a longo prazo: o investimento em tecnologias limpas ainda é alto, mas proporciona economias no longo prazo.
Brasil: protagonismo em transição energética
O setor energético brasileiro se destaca por possuir uma das matrizes mais sustentáveis do planeta.
Com grande participação de fontes renováveis, o que ainda acontece em poucos países, temos um grande protagonismo mundial.
Segundo o Ministério de Minas Energia (MME) , nosso país já utiliza 48% de energia renovável. Portanto, está acima da média mundial (15%).
Ainda temos um grande potencial para avançar na transição energética, decorrente de recursos hídricos, solar e eólico abundantes.
E, para manter toda essa visibilidade, o investimento nacional na área é expressivo. Apenas em 2023, foram investidos US$ 34,8 bilhões, segundo reportagem da Revista Exame.
Este montante coloca o Brasil na sexta colocação mundial e na liderança da América Latina, abrangendo diversas iniciativas:
- Energia renovável;
- Captura de carbono;
- Hidrogênio verde;
- Veículos elétricos.
Alguns desafios precisam ser superados
Na atualidade, o mundo discute a necessidade de ter uma matriz energética sustentável! Mas sua aplicação exige visão, comprometimento e ação.
A indústria brasileira, diante da grande representatividade, tem uma excelente oportunidade para liderar, inovar e prosperar em uma economia verde.
Entretanto, o setor tem muitos desafios pela frente. Ele precisa conciliar a geração de emprego, renda, inclusão social e combate às desigualdades.
Também precisa melhorar a qualidade de vida, promover a reindustrialização, preservar a biodiversidade e a qualidade ambiental, entre outros.
Uma boa estratégia para o setor é antecipar-se às tendências globais, adaptando-se às exigências de um mercado cada vez mais voltado para a sustentabilidade, se traduzindo em vantagens competitivas duradouras.
5 passos para a transição energética
Em todo o mundo, a transição energética está sendo pautada por cinco passos, ou 5Ds:
1. Descarbonização
Faz referência à substituição de fontes que liberam CO2 em excesso. Seu foco é substituir a energia gerada por combustíveis fósseis por fontes renováveis.
2. Descentralização
Relaciona-se à própria produção e distribuição da energia. Como exemplo, temos a energia fotovoltaica. Ela pode ser obtida pelos próprios consumidores por meio de placas solares.
Dessa forma, uma fábrica pode gerar a própria energia consumida. Com isso, não há a necessidade de deslocamento, evitando desperdício de transporte e a centralização.
3. Digitalização
Não está diretamente ligada à energia. Entretanto, a integração entre combustíveis renováveis e as tecnologias digitais é uma forma de otimizar, automatizar e acelerar o processo da transição energética.
A inovação em analisadores de gases, por exemplo, reduz o consumo de combustível por intermédio do controle de CO2 e O2 em caldeiras a biomassa.
Com elevada precisão na leitura destas variáveis, a indústria consegue melhorar a relação de ar/combustível na queima.
Logo, aumenta a eficiência do gerador de vapor, otimizando custos operacionais e diminuindo a concentração de gases poluentes.
4. Desenho de mercado
Trata da forma como os mercados financeiro e de trabalho vão interagir com as mudanças energéticas, especificamente na comercialização da energia.
Neste caso, a indústria e os governos precisam pensar em:
- Regulamentação;
- Incentivos;
- Vantagens econômicas;
- Impacto socioambiental.
5. Democratização
Precisamos diminuir as desigualdades no acesso à energia renovável durante a transição energética, especialmente na questão social.
Independente do porte da empresa, todos devem ter acesso à energia sustentável em suas operações.
O caminho está claro! Adotar práticas sustentáveis não é apenas uma questão de responsabilidade ambiental.
Ao invés disso, uma estratégia inteligente que contribuirá para a construção de um mundo melhor para todos.
Case: veja como uma indústria sucroalcooleira potencializa sua eficiência energética
Mesmo com os inúmeros desafios, o cenário atual proporciona inúmeras oportunidades para novas soluções energéticas.
Elas ajudam a aumentar a competitividade industrial, a expansão da economia e a sustentabilidade.
E, para otimizar seus processos, uma indústria sucroalcooleira buscou soluções para potencializar o processo e alcançar maior flexibilidade em suas decisões.
Para isso, a empresa encontrou no analisador de gases COONTROL 200 uma excelente solução.
Assim que foi instalado na caldeira, este equipamento gerou dados e informações que ajudaram a potencializar a eficiência de combustão e reduzir o consumo de combustíveis.
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