Gases do efeito estufa e gases poluentes: entenda as diferenças
As notícias sobre o aquecimento global estão mais comuns no noticiário. Certamente os gases emitidos pela ação humana contribuem com esse fenômeno. No entanto, ainda há uma confusão sobre o que são gases de efeito estufa e gases poluentes.
Mesmo que as fontes emissoras sejam as mesmas, os gases de efeito estufa (GEE) são diferentes dos gases poluentes.
De forma resumida, os gases de efeito estufa contribuem para a manutenção da Terra em temperaturas habitáveis, mas são também causadores do aquecimento global.
Já os gases poluentes (e seus materiais particulados) são tóxicos e diretamente responsáveis por danos à saúde humana e ambiental. Conheça mais sobre eles a seguir!
Gases do efeito estufa são essenciais, mas estão sendo emitidos em demasia
Mais comuns e conhecidos, os Gases do Efeito Estufa (GEE) contribuem para a manutenção da Terra em temperaturas habitáveis. Eles possibilitam que uma parcela importante de energia proveniente dos raios solares se mantenha no planeta, tornando-o habitável.
Porém, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), a ação humana está emitindo GEE em demasia.
Consequentemente, há um desequilíbrio da quantidade de energia mantida no planeta, resultando em mudanças climáticas e seus eventos extremos, como chuvas em excesso ou secas mais prolongadas.
Os principais GEE emitidos por atividades humanas são:
- Dióxido de carbono (CO2) – emitido pela queima de combustíveis ou pelo desmatamento;
- Metano (CH4) – mais da metade das emissões brasileiras de metano (CH4) são decorrentes do arroto de bois e vacas, segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG).
- Óxido nitroso (N2O);
- Vapor d’água (H2O).
Há também outros GEE, como os hidrofluorcarbonetos (HFCs) e o hexafluoreto de enxofre (SF6).
Gases poluentes são tóxicos
As partículas e gases poluentes são aqueles que também são emitidos pela ação do homem, mas, ao serem respirados, causam mal direto para a saúde humana e animal, além de outros problemas ambientais de séria gravidade.
Atualmente, sete poluentes atmosféricos são regulados no Brasil:
- Partículas totais em suspensão (PTS);
- Partículas inaláveis (MP10);
- Fumaça;
- Dióxido de enxofre (SO2);
- Dióxido de nitrogênio (NO2);
- Monóxido de carbono (CO); e
- Ozônio (O3).
Vale destacar que alguns desses gases poluentes também podem ter efeitos sobre o aquecimento global, considerados gases de efeito estufa indiretos, como o CO, o NO2 e o O3.
Outro ponto que merece destaque é a permanência dos gases na atmosfera. Os gases poluentes permanecem menos tempo na atmosfera do que os gases de efeito estufa, uma vez que eles podem ser dissipados após chuvas ou reagindo quimicamente na atmosfera.
Tipos de gases emitidos por caldeiras
Responsáveis pela queima de combustíveis para a geração energética, as caldeiras também são emissoras de gases. Porém, os tipos gerados variam de acordo com o perfil da queima do combustível.
Em processos de combustão, o princípio de uma reação inclui:
- Queima de combustíveis (fósseis, gás natural e biomassa);
- Um comburente (geralmente gás oxigênio);
- Uma fonte de ignição (faísca).
Portanto, dependendo da quantidade de oxigênio presente na combustão, a queima será classificada como completa ou incompleta.
A combustão completa é sempre desejável. Nela, o combustível reage totalmente com o oxigênio, liberando gás carbônico (CO2), água (H2O) e calor.
Na combustão incompleta, por sua vez, parte do combustível não é consumida pela quantidade insuficiente de O2. Por isso, há a produção de monóxido de carbono (CO) ou carbono (C), conhecido como fuligem, considerados altamente poluentes.
A regulagem da caldeira contribui com a redução de emissão de gases
As caldeiras devem operar de uma forma que apresentem a menor quantidade possível de gases da combustão incompleta. O mais interessante é promover uma regulagem que eleve a quantidade de CO2 e água gerados no processo de queima.
Diante disso tudo, medir a quantidade de O2, CO2 e CO da combustão pode representar um importante indicador para garantir a eficiência da queima, tornando-a mais sustentável.
Dessa forma, a medição permite ponderar as ações mais efetivas para uma maior capacidade de otimização desse processo.
Para isso, podem ser utilizados analisadores de gases da combustão, como o COONTROL 200.
Ao adotar este equipamento, a indústria consegue otimizar a queima, reduzir o consumo de combustíveis, elevar a eficiência energética e reduzir a emissão excessiva de gases do efeito estufa e gases poluentes.