Confira o histórico da emissão de gases poluentes no Brasil

Um dos grandes focos de praticamente todas as nações do nosso planeta é reduzir a emissão de gases poluentes e tornar os sistemas de produção mais sustentáveis. No entanto, ainda não é uma realidade.

Em 2021, por exemplo, o Brasil apresentou o segundo maior aumento de emissões de gases poluentes em um período de quase duas décadas, de acordo com relatório divulgado pelo Observatório do Clima, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e outras entidades parceiras. 

Neste ano, o volume de emissões cresceu 12,5% e chegou a 2,4 bilhões de toneladas brutas, inferior apenas ao registrado em 2003, quando o volume subiu 20%.

Dessa forma, seguindo a necessidade mundial, a emissão de gases poluentes no Brasil deve ser reduzida e adequada à nova realidade mundial.

Para isso, é essencial conhecer o histórico da emissão gases poluentes no país, assim como as ações e decisões que estão sendo adotadas para reduzir as emissões nacionais.

 

Histórico das emissões de gases poluentes no Brasil

Nas últimas décadas, mais especificamente entre 1990 e 2021, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) do Brasil tiveram um aumento significativo.

Nestas três décadas, as emissões passaram de 1,72 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente (GtCO2e)3 para 2,42 GtCO2e, segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases do Efeito Estufa (SEEG).

Mesmo diante deste significativo crescimento, a trajetória das emissões apresentou períodos distintos que variavam entre o crescimento e a redução. Em 2015, por exemplo, superou 2,78 GtCO2e. 

Já em 2004, foi de 3,9 GtCO2e, caindo a menos da metade desse valor (1,92 GtCO2e) em 2010.

A partir de 2013, houve uma reversão de tendências com crescimento das emissões — motivada principalmente pelo aumento do desmatamento na Amazônia e pelo elevado uso de combustíveis fósseis na matriz energética.

Confira o gráfico abaixo e veja este histórico.

Gráfico – Emissões totais de gases poluentes (1990 – 2021) – Créditos: SEEG

Entre as categorias mais comuns de emissões de gases poluentes do efeito estufa no Brasil, estão:

• Agricultura;
• Geração de energia;
• Processos industriais;
• Produção de resíduos;
• Mudanças no uso da terra.

 

Políticas públicas visam reduzir as emissões de gases poluentes

Como visto, as emissões de gases poluentes no Brasil têm se estagnado nos últimos anos. Mas, independentemente disso, o país precisa criar políticas e medidas públicas mais drásticas para atingir o objetivo.

Toda essa política pública deve ser projetada para garantir que o nosso país se adeque à nova realidade mundial quando o assunto é a redução das emissões.

Nos últimos anos, foi enfatizada a necessidade de medidas para reduzir as emissões de gases poluentes — as medidas para mitigação. Nesse sentido, o Brasil evoluiu continuamente. 

A Lei nº 12.187, de 2009, define medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima, utilizando a Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC como referência. 

Com base nas regras desta lei, em 2016, foi instituído o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), elaborado pelo governo federal (sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente) em cooperação com a sociedade civil, o setor privado e os governos estaduais. 

Seus principais objetivos são: 

• Promover a redução da vulnerabilidade nacional à mudança do clima; e 
• Realizar a gestão de risco associada aos efeitos adversos dessa mudança. 

 

Brasil pode reduzir suas emissões de metano em até 36%

Um relatório realizado pelo SEEG estima que, se fossem mantidas as políticas atuais de controle de emissões de metano, o país chegaria a 2030 emitindo 7% a mais do que em 2020. 

A aplicação de uma série de políticas e medidas em todos os setores, porém, permitiria reduzir as emissões para 13,75 milhões de toneladas até 2030, ou 36,5% de corte.

Para alcançar esse objetivo, especialistas sugerem: 

• Zerar o desmatamento com indícios de ilegalidade, algo com que o governo brasileiro já se comprometeu; 
• Erradicação dos lixões; 
• Eliminação gradual da deposição em aterros sanitários; e 
• Aproveitamento de 50% do biogás nos aterros.

No setor agropecuário, as práticas mapeadas são:

• Manejo dos dejetos animais;
• Eliminação da queima da palha da cana;
• Melhoramento genético do rebanho bovino; e
• Adoção da terminação intensiva.

Já na matriz energética nacional, o governo brasileiro promete a adoção de políticas específicas focadas no uso de fontes renováveis. 

E, segundo um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), isso já vem ocorrendo, pelo menos entre os países dos BRICS (composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Entre os países do grupo, o estudo indica que o Brasil detém o papel de liderança no processo de transição energética com a utilização de energias renováveis.

Para alcançar isso, a biomassa representa uma das soluções mais eficazes para reduzir as emissões de gases poluentes. Ela é considerada uma fonte renovável de energia, eficiente na substituição dos combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral.

 

As empresas também têm sua parcela de responsabilidade

Para a implantação de medidas que reduzam a emissão de gases, é importante considerar os esforços que reforçam a economia brasileira, ao mesmo tempo que tragam impactos sociais e ambientais positivos.

Diante disso, é preciso pensar em todos esses aspectos simultaneamente, visando um desenvolvimento mais sustentável. Nessa conjuntura, o empresário também tem sua parcela de responsabilidade, visando a redução das emissões de gases poluentes.

A indústria, por exemplo, precisa aumentar a eficiência de seus processos energéticos, principalmente quanto à queima de combustíveis em caldeiras, sejam eles fósseis ou renováveis, como a biomassa.

O empresário precisa ter o entendimento de que a redução das suas emissões não deve ocorrer apenas diante de uma regra imposta pelo governo, e sim pelos ganhos ambientais, econômicos e sociais dessa ação.

A adoção de equipamentos com capacidade de realizar medições dos teores dos gases durante o processo da queima é uma excelente opção neste sentido.

Essas medições darão maior respaldo para a tomada de decisão do empresário, principalmente no âmbito energético. Elas possibilitam que a queima do combustível seja realizada de forma mais eficiente, reduzindo a emissão de gases poluentes.

A COONTROL é uma grande aliada do empresário neste sentido. Oferecemos os melhores analisadores de gases (COONTROL 100 e COONTROL 200) para sua empresa. 

Temos também o SMB-300, destinado à medição da qualidade da biomassa. Para conhecer toda a nossa linha de soluções, acesse nosso site.

Diante do histórico de emissões de gases poluentes, a sustentabilidade ambiental depende da união entre governos (responsáveis pelas políticas públicas) e empresários (responsáveis pela adoção de medidas de redução das emissões). Nosso planeta agradece! 

 

Aproveite este tema para conferir quais são os tipos de gases poluentes que mais afetam o meio ambiente.