Diversificação da matriz energética: por que é tão importante?
Suprir a crescente demanda por energia mundial e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões de CO2 são uma necessidade atual. Neste contexto, a diversificação da matriz energética se destaca.
Basicamente, a diversificação da matriz energética se baseia no uso de diferentes fontes de energia para reduzir a dependência de um único recurso ou provedor. Assim, o país evita interrupções de energia e reforça a segurança energética.
No artigo de hoje, veja detalhes sobre a diversificação da matriz energética e entenda quais são as razões que fazem dela uma estratégia de grande importância.
Entendendo o que é diversificação da matriz energética
Um dos principais parâmetros das políticas governamentais é a garantia da segurança do seu suprimento de energia.
Dessa forma, tal fator afeta diretamente o nível de economia, segurança e bem-estar social de uma nação. Assim, cabe às nações priorizarem sua matriz energética.
A matriz energética de um país faz referência à combinação de diferentes fontes de energia utilizadas para atender às necessidades de consumo da população de um país. Isso inclui fontes como:
- Petróleo;
- Gás;
- Carvão;
- Biomassa;
- Nuclear;
- Hidrelétrica;
- Eólica;
- Solar.
Para a segurança energética de um país, o ideal é que a matriz energética seja flexível o suficiente para se adaptar às mudanças no consumo de energia e à disponibilidade de fontes renováveis.
Por que diversificar a matriz energética?
Imagine que um país possui uma única fonte principal de geração de energia. Naturalmente as chances de enfrentar problemas de desabastecimento são maiores, onerando a população.
Há também outros pontos que estimulam um país a diversificar sua matriz energética, como:
Crescimento econômico
A diversificação energética incentiva o crescimento econômico de um país. Obter energia de múltiplas fontes protege a nação de interrupções de energia.
Proteção ambiental
O desenvolvimento de recursos renováveis como as energias solar, eólica e biomassa, diminui a ameaça de escassez energética. Além disso, as fontes citadas emitem pouco ou nenhum poluente, com o mínimo de impacto no meio ambiente.
Matriz energética brasileira: mais diversificada e limpa
Enquanto o mundo tem, em média, 86% de energia primária gerada por fontes fósseis, o Brasil tem cerca de 48% do seu mix energético gerado por fontes renováveis, de acordo com dados publicados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Essa é uma realidade que tende a manter seu crescimento nos próximos anos. Esse é um movimento visto como inevitável, com a diversificação da matriz energética contribuindo com a redução das emissões dos gases de efeito estufa (GEE).
Com isso, contribui com a agenda global de redução da emissão dos gases do efeito estufa e, consequentemente, com o enfrentamento às mudanças climáticas.
Como um país pode diversificar sua matriz energética?
Cada país tem suas características, demandas energéticas e limitações geopolíticas. Consequentemente, há diferenças nos métodos de diversificação energética. De forma geral, algumas medidas podem ser adotadas:
- Criar um modelo de política que atraia investimentos na diversificação;
- Fazer parceria público-privada para identificar e desenvolver fontes de energia alternativa, priorizando as fontes renováveis;
- Engajar especialistas para identificar a melhores fontes de energia acessíveis internamente e no exterior;
- Trabalhar com a comunidade internacional para estabelecer e aplicar normas ambientais relativas à exploração e geração de energia.
Também é importante que cada país promova investimentos em alternativas de geração de energia que sejam mais favoráveis ao seu contexto e mais adequadas às características ambientais do lugar.
Quer saber mais? Então confira este artigo e veja quais são os pontos que explicam o crescimento da energia renovável no Brasil.